domingo, 9 de maio de 2010

A maternidade atual




O que é ser mãe em tempos modernos? Alguém se arrisca em definir? A mulher atual trabalha,  faz compras, malha, cozinha e ainda vai ao sex shop para agradar o marido... Ufa, ela não ocupa mais o cargo de deusa, mas de heroína! Sim, é certo que os papais modernos também dão uma força e isso faz com que a maternidade fique mais suportável e prazeroza. A parceria do casal é essencial nos dias de hoje, mas tem um monte de mulher que insiste em fazer carreira solo, ter filho sem namorado, marido, companheiro, ou seja um macho do lado! Gente, já pensou isso? Cuidar de um bebê sozinha, ter que amamentar e ainda cuidar da casa, das tarefas domésticas, tudo isso  junto com a dança hormonal do corpo carente? Algumas diriam que estou sendo machista ou antiga. Prefiro achar que sou realista.

O relógio biológico ou sociológico grita no nosso ouvido primeiro aos 28, 30... A mulherada sai correndo atrás de um marido, casa com o primeiro que aparece, como um taxi livre em dia de tempestade. E aí vem a primeira decepção. Depois, mais madura, aos 35 o relógio começa a berrar. E de novo, mulheres que não querem ficar pra tia ficam obsecadas com a ideia de ser mãe. Tudo bem, vamos dar um desconto, a maternidade é mesmo uma das experiências mais lindas que uma pessoa pode experimentar (falo isso apenas constatando o grau de felicidade de otras mães), mas e tudo o que a gente luta e rala no dia-a-dia, também não seria uma gestação? E a fertilização de projetos, a gravidez de ideias, a maternidade de si mesma? Dar vida a outros sonhos também não seria uma experiência maravilhosa?

Há uma controvérsia na vida da mulher do século atual: ser uma grande profissional versus ter uma grande família. Isso mexe demais com a psique feminina porque a natureza não muda mesmo com a mudança do comportamento da sociedade e a mulher nasceu tendo tudo para ser mãe. Algumas optam por não ser, mas as que desejam essa experiência ficam confusas, devem perseguir essa ideia ou deixar a vida acontecer e esperar até encotrar a pessoa certa, o momento mais apropriado ou a conta bancária dos sonhos...

Assisti recentemente a um programa de TV onde mulheres contavam como viveram a aventura da maternindade depois dos quarenta e todas elas foram firmes ao dizer que são melhores mães com essa idade do que seriam com vinte e poucos. Elas realizaram muitas coisas, experimentaram a vida com tamanha intensidade que naquele momento se sentiam plenas de paciência e vontade para se dedicar exclusivamente a um novo ser. Algumas adotaram, outras tiveram que fazer tratamento de fertilidade, mas estavam muito felizes e realizadas. Essa conversa me deixou animada!! Agora, quanto à produção independente, o buraco é mais embaixo. Isso tem suas consequências, criar um filho sem referência paterna é um risco. O mais importante é pensar que essa aventura não é um filme que dura duas horas, é para sempre e portanto, exige mais razão do que emoção.

Afinal, tem criança de montão nesse mundo, mesmo as que possuem uma mãe biológica, mas que carece de afeto, atenção, educação e amor incondicional. Se você é mulher, então pode doar o seu amor para qualquer ser humano, sem precisar sair do seu umbigo!!! Ser mulher é poder ser mãe a qualquer momento, em qualquer ocasião, esse exercício é um excelente treino para quando a real maternidade vier ao nosso encontro.